Candido Portinari, Menino de Brodowski, 1946.
A profissionalização da carreira do magistério e a conseqüente negação da prática da maternagem repelem alguns fazeres (inerente ao ato de cuidar), um destes casos é a troca. E seguindo a idéia de que quanto mais perto da criança menor o valor da função (e do salário também) conforma-se a seguinte questão: professor de educação infantil troca ou não troca?
A discussão é acirrada e não raramente encontramos equipes escolares inteiras se digladiando para decidir quem é aquele que vai por a mão na m.... Outras mais tecnológicas apelam ao telefone para informam à família de que devem buscar a criança na escola, dada a impossibilidade de solucionar o “im – previsto”. E enquanto isso, a criança molhada e envergonhada espera por uma boa alma que possa fazer o serviço sujo, ou melhor, limpo.
Os desencontros entre cuidado e educação se legitimam e eu sigo com minha questão: professor de educação infantil troca ou não troca?
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