segunda-feira, 4 de abril de 2011

Professor de educação infantil troca ou não troca?



Candido Portinari, Menino de Brodowski, 1946.

             Para os educadores de infância existem muitas arestas a serem polidas para que o tão sonhado encontro entre cuidado e educação se torne realidade. Passados 75 anos da educação infantil na cidade de São Paulo ainda se fazem ouvir as dissonâncias entre cuidar e educar. O binômio instaurado em 1998 através do Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil atenta para a necessidade da integração entre esses dois pólos, os quais estiveram opostos por muitos anos no campo da educação infantil.
            A profissionalização da carreira do magistério e a conseqüente negação da prática da maternagem  repelem alguns fazeres (inerente ao ato de cuidar), um destes casos é a troca. E seguindo a idéia de que quanto mais perto da criança menor o valor da função (e do salário também) conforma-se  a seguinte questão: professor de educação infantil troca ou não troca?
            A discussão é acirrada e não raramente encontramos equipes escolares inteiras se digladiando para decidir quem é aquele que vai por a mão na m.... Outras mais tecnológicas apelam ao telefone para informam à família de que devem buscar a criança na escola, dada a impossibilidade de solucionar o “im – previsto”. E enquanto isso, a criança molhada e envergonhada espera por uma boa alma que possa fazer o serviço sujo, ou melhor, limpo.
            Os desencontros entre cuidado e educação se legitimam e eu sigo com minha  questão: professor de educação infantil troca ou não troca?



Nenhum comentário:

Postar um comentário